Passei a minha adolescência toda assistindo telenovelas. Via as novelas das 18h, 19h e 20h da Rede Globo. Quando me interessava, assistia as da Rede Manchete e SBT também. Noveleira compulsiva. Não tinha preconceitos, incluía novelas mexicanas na minha lista. A Revista da TV era a primeira coisa
que eu lia, aos domingos.
O último capítulo de uma trama me dava a sensação de luto. Como viver sem aqueles personagens? Se teledramaturgia fosse matéria de prova do ensino médio, minha nota seria 10
(dez).
O tempo passou e perdi o interesse por telenovelas.
Alguns diriam que a qualidade caiu, que a internet substituiu a TV, mas acredito que enjoei mesmo. Com a maturidade, os livros passaram a ser mais importantes para mim.
Mas, a vida guarda surpresas. Eis que, no dia 21/05/2013, resolvi fazer algo que não fazia há anos: assistir o
primeiro capítulo de uma trama, no caso, “Amor à vida”, de Walcyr Carrasco.
Logo de cara, me deparei com um personagem genial e que eu nunca havia visto na TV: Félix Khoury. Um vilão de mão cheia, rico, lindo, cruel, divertidíssimo e bissexual.
Ao observar a interpretação do ator Matheus Solano,
pensei “Ué, não sabia que esse ator (não o Félix) é gay”.
Interpretação perfeita! Construção de personagem
impecável (gestos, expressão de emoções negativas e humor)! Aliado a um bom texto e figurinos. Depois de uma semana de “Amor à vida”, conclui que Matheus Solano se apropriou da novela das 20h.
Não estou sozinha, destaque absoluto em revistas,
jornais e rede sociais. E, vamos combinar? Se destacar em um elenco com Susana
Vieira e Antônio Fagundes não é nada fácil, né. Ainda mais sendo filho deles.
Passei a sentir algo que tinha me esquecido:
vontade de chegar cedo em casa pra ver mais uma deliciosa interpretação.
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