sábado, 28 de dezembro de 2013

Hélio Oiticica (1979)

 “A dança é por excelência a busca do ato expressivo direto, da imanência deste ato; não a dança  de  balé,  que  é  excessivamente  intelectualizada  ...  Mas  a  dança“dionísica”,  que  nasce  do  ritmo  interior  do  coletivo,  que  se  externa  como característica de grupos populares, nações etc” (Hélio Oiticica).

sábado, 13 de julho de 2013

Saudade

Saudades da época em que se escreviam cartas,
Não existiam feeds, SMS, wi-fi,
Saudades dos telefones fixos,
Da época em que não existiam 3G, 4G,
Celulares, smartfones, IPhones,
E usavam-se fichas e orelhão.



By Paula Fê.

domingo, 9 de junho de 2013

MA-RA-VI-LHO-SO!!!



Passei a minha adolescência toda assistindo telenovelas. Via as novelas das  18h, 19h e 20h da Rede Globo. Quando me interessava, assistia as da Rede Manchete e SBT também. Noveleira compulsiva. Não tinha preconceitos, incluía novelas mexicanas na minha lista. A Revista da TV era a primeira coisa que eu lia, aos domingos.
O último capítulo de uma trama me dava a sensação de luto. Como viver sem aqueles personagens? Se teledramaturgia fosse matéria de prova do ensino médio, minha nota seria 10 (dez).
O tempo passou e perdi o interesse por telenovelas. Alguns diriam que a qualidade caiu,  que a internet substituiu a TV, mas acredito que enjoei mesmo. Com a maturidade, os livros passaram a ser mais importantes para mim.
Mas, a vida guarda surpresas. Eis que, no dia 21/05/2013, resolvi fazer algo que não fazia há anos: assistir o primeiro capítulo de uma trama, no caso, “Amor à vida”, de Walcyr Carrasco.
Logo de cara, me deparei com um personagem genial e que eu nunca havia visto na TV: Félix Khoury. Um vilão de mão cheia, rico, lindo, cruel, divertidíssimo e bissexual.  
Ao observar a interpretação do ator Matheus Solano, pensei “Ué, não sabia que esse ator (não o Félix) é gay”.
Interpretação perfeita! Construção de personagem impecável (gestos, expressão de emoções negativas e humor)! Aliado a um bom texto e figurinos. Depois de uma semana de “Amor à vida”, conclui que Matheus Solano se apropriou da novela das 20h.
Não estou sozinha, destaque absoluto em revistas, jornais e rede sociais. E, vamos combinar? Se destacar em um elenco com Susana Vieira e Antônio Fagundes não é nada fácil, né. Ainda mais sendo filho deles.
Passei a sentir algo que tinha me esquecido: vontade de chegar cedo em casa pra ver mais uma deliciosa interpretação.
E, Matheus Solano não está sozinho. A atriz Tatá Werneck tem arrancado risadas do público com a sua periguete Valdirene. Uma revelação e tanto.


Texto de Paula Fê

sexta-feira, 29 de março de 2013

Muitos vêem o romantismo em um namoro. Outros vêem em um casamento e na construção de uma família. Não é que eu não veja beleza nessas coisas. Também preciso delas. Sou humana. Mas, para mim, não há nada mais romântico que registrar uma foto, ver uma escultura curiosa, assistir a um vídeo que dá nó na garganta, um filme que me faz fechar os olhos, ler poesias que causam falta de ar, questionar a solidão que eu não entendo... A arte não me completa, mas dá sentido a minha existência.
 Paula Fê

sexta-feira, 15 de março de 2013

Não preenchi todos os meus vazios. Às vezes sinto que tenho uma cratera dentro de mim. Certamente falta alguma coisa... Da essência da condição humana. Não pensem que eu não saiba o que é. Sei, mas não tenho forças pra buscar. Talvez não queira encontrar por medo, temor de me anular, de me tornar presa de sensações, escrava dos sentidos. Tenho um vício. Ele se chama liberdade!

terça-feira, 12 de março de 2013

"dessa vez
creio que o início de tudo
foi a persiana que esqueci aberta
deixando que o sol esquentasse
em minha ausência
furiosamente
dias e dias
os versos de Celan
acumulados sobre a mesa

as palavras
de madeira e borracha
os carimbos
começaram a derreter e a guaguejar
- lallen und lallen -
balbuciar e repetir
: destroços celestes
: cinza-e-cinza Ho-sana anéis-almas
de uma forma não prevista no início do projeto
que queria apenas escavar e manobrar
os versos
como se faz com a própria
terra-areia-ar-eu-você-Ossip-Marina
e tantos outros nomes
todos os nomes
impronunciáveis
derretidos
fundidos

aos jornais
que cresceram como erva
daninha
em minha ausência
furiosamente
dias e dias
a linguagem informativa
acumulada em pilhas
que era preciso desfazer
esvaziar
apagar
erodir a matéria-jornal
turvá-la de poesia

mas percebi
- surpresa -
o desastre
o desvio
tudo fora feito
sem mim"


Leila Danziger

2013: Centenário de Vinícius de Moraes


domingo, 3 de março de 2013

Sem título

Não quero voltar a ser o que fui
Mas não nego que a passagem do tempo
DÓI


Paula Fê
2013

sábado, 2 de março de 2013

Vazio
         .
                 .
                         .
                       
                                Efêmero


Paula Fê
2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013


“Posso sumir,
por segundos…

Por minutos…

Por horas…

Por dias…

Por semanas…

Por meses…

Por anos…

Mas estarei aqui, por perto.

Posso até nem conseguir te dizer…

Oi!

Olá!

Tudo bem!

Bom dia…

Boa tarde…

Boa noite!

Mas nunca te direi adeus.

Sempre que precisar estarei aqui,
pois as pessoas que se gostam não se separam, apenas tomam caminhos diferentes…”
Autor Desconhecido

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sem título

Mariana gosta de caminhar pelo apartamento
Mariana gosta de Copacabana
Mariana gosta de gargalhar
Mariana gosta de abraço apertado
Mariana gosta de dormir de conchinha


Paula não gosta de Paulo Coelho
Paula não gosta de tumulto
Paula não gosta de internet lenta
Paula não gosta de comida japonesa
Paula não gosta de banheiro sem papel higiênico


Carol gosta de "coisa de pele"
Carol gosta de cerveja gelada
Carol gosta de guarda-chuva vermelho
Carol gosta de calculadora
Carol gosta de sorvete de pistache


Helena não gosta de guarda-chuva
Helena não gosta de homens musculosos
Helena não gosta de filme de ficção científica
Helena não gosta de disciplina
Helena não gosta de pulga atrás da orelha


Simone gosta de saia longa
Simone gosta de trocar de canal
Simone gosta de pizza fria
Simone gosta de chapéu
Simone gosta de gatos


...



Paula Fê
2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

Poema mal acabado

Dor
Vazio no peito
Dificuldade pra respirar
Aconteceu de novo
Não consigo chorar
Encolhida, recolhida
Cá estou eu
Escuto “With or without you"
Mas não passa
E se eu beber Budweiser?
Ler um pouco de Quintana?
Lá fora estouram os fogos
Aqui dentro um silêncio fúnebre
Preciso dormir um pouco.


Paula Fê                                                                                                                    2013