domingo, 16 de dezembro de 2012

Poesia em forma de música ou música em forma de poesia?

"E desabou pior que um temporal
Se desmanchou nas bodas de cristal
Rompeu-se o cordão umbilical
Do sim fez-se o não, do mel fez-se o mal
Mas cá pra nós durou demais, até
Foi só paixão sem profissão de fé
Amor pra rasgar meu coração,
não deixo sangrar, eu deixo é de mão.
Até nunca mais!Não perca o avião...
Você aliás perdeu meu perdão
Me deixa em paz, não fale em vão
As ingratidões eu entrego pra deus
Vá com seus botões, que eu fico com os meus
Pt. saudações, adeus.
Pt. saudações, adeus."


Jorge Aragão

domingo, 2 de dezembro de 2012

Dúvida

Não sei se quero emagrecer
Trocar as minhas pernas roliças por um jeans 38?
Gostei dos meus quadris balzaquianos,
Detesto doce light
E adoro pão francês.
Não sei se quero emagrecer
Quero ver as minhas costelas
Acho um charme...
Ia combinar com o meu pulso fino
Mas não acho mais graça em simetria
Quando penso em emagrecer
Lista de nutricionista me entristece
E Academia cansa
E se o rapaz da esquina não olhar mais pra mim?
Não sei se quero emagrecer
Me enquadrar no padrão de beleza,
Não ter vergonha da balança,
Usar roupa branca...
Sinceramente, não sei se quero emagrecer.


Paula Fê
2012

Muito bom!!!


“Transaturado
  
Dói
mais do que parece.
E tudo se esvai
entre os dedos
de uma vez.
A lágrima não conforta
a ignorância não ameniza
e a esperança só espera.

Dói
mais do que se imagina.
Pesadelo recorrente sua lembrança
todas as noites no pré-dormir
pensamento reticente
todo tempo em vão.
Seu encanto não é mais aliado
você não é mais.

E quando tudo falha
nenhum anestésico surte efeito
a existência toda parece uma droga
eu junto minhas moedas vou ao supermercado
e compro:

Wafer de chocolate Piraquê

Angústia permeia o pacote
dedos tremem na tentativa de violá-lo
são segundos de febre
tensão
martírio
até que

enfim

Eis a glória
o ápice
o orgasmo.
O suave farelo planando no ar
o doce aroma natural de cacau
a cura para todos os males.

Fosse eu presidente,
Wafer de chocolate Piraquê
estaria em todas as cestas básicas.
Fosse eu cristão,
Wafer de chocolate Piraquê
seria a atração principal da ceia de natal.
Mas sendo eu triste,
Wafer de chocolate Piraquê
é apenas um paliativo pós desilusão amorosa.

Que o degradê de marrons e suas duas camadas de recheio
aliviem a minha dor.
Que o biscoito fresquinho e seu doce sabor
criem-me um sorriso.

Wafer para
Wafer pera
Wafer pira
Wafer pora Nossa Senhora de Aparecida.

Preciso de um Wafer de chocolate Piraquê
para curar minha ferida.”


Daniel Massa

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Isto é Castro Alves

"Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...


De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!" 


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Amor que morre

"Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos pra partir."


Florbela Espanca

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pré-Carnaval: Bloco "Eu sozinha"

Não tenho sobrenome
Não tenho melhor amiga
Nem namorado
Muito menos carro importado
Fico com as minhas fotos, poesias
E o meu IPhone.


Paula Fê
2012

Poema universitário

Deixei de ser caloura
Mas meu coração pulsa
Continua acalourado.


Paula Fê
2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

02 de novembro

Sensação de luto
Morte
fantasmas que não me perseguem mais
Choro
amigos que se foram
Dor
sentimentos fragmentados


Paula Fê
2012





terça-feira, 16 de outubro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rede social

Você faz o login e se depara com uma imagem de um grupo de amigos descontraídos, sorrindo, fazendo careta. De repente, você lamenta por não fazer parte daquele grupo. Ops, peraí, você não conhece aquelas pessoas.
Um dia, aquela garota da foto, vestida de noiva, foi sua amigona. Ao ver a foto, você se emociona, pois ela está realizando o maior sonho da vida dela. Depois aparece outra foto, depois outra. Você saca cada detalhe da cerimônia e da festa, todavia você não foi convidada para o casamento. A noiva estava linda. Mas você não estava lá. Isso dói.
Sabe aquela colega que você apenas cumprimentava nos corredores, na sala de aula? Pois é? Quando vocês estão on line, são amigas de infância. Gostam das mesmas coisas, frequentam lugares parecidos, têm o mesmo olhar diante da vida, mas nunca tomaram sequer um café juntas.
Não?! E o cara esquisito do barzinho? Caramba, ele resolveu mudar a imagem do perfil dele e você nota que ele é: bonito. Ou melhor, muito bonito.
Se lembra da sua melhor amiga do colégio? Você até esqueceu a última vez em que vocês se encontraram. Porém, vocês trocam mensagens como se os anos não tivessem passado. Ela leva uma vida, você outra. Mas quando vocês conversam, ela ainda é a sua melhor amiga.
Já o seu melhor amigo, você não reconhece mais. Ele mudou, ou foi você que mudou?
Sua antiga paixão? Aquele cara que conseguia despertar emoções contraditórias em você? Não lembra? O seu coração pulava, a voz não saía, um frio na barriga danado? Um dia você queria matá-lo, outra hora, ele te atraía como um imã. Putz, pelas atualizações de status dele, parece que continua a mesma coisa. É melhor bloquear.
E os eventos? Para os outros, você esteve em todos eles, mas, na verdade, você só conseguiu comparecer na metade.
Mas, estranho mesmo é você receber uma mensagem avisando que não vai ter aula hoje.
O que é isso tudo??? Finalmente o século XXI começou. O início de uma nova era. Uma confusão entre o que é real e o que é virtual. As pessoas estão todo dia acessíveis no seu computador, por isso, estão cada vez mais distantes. “Ou não”, como diria Caetano Veloso. É um novo tipo de relacionamento, de aproximação, basta se adaptar.
Logoff
  
Paula Fê 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

"Não luto mais daquele modo histérico/entendi que tudo é pó que sobre tudo pousa e recobre/e a seu modo pacifica..." Adélia Prado

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Gente

Gosto de gente com cara de gente
Cicatriz, olheiras, rugas
Contam uma história
Gosto de gente que não tem medo de sorrir
Nem de chorar
Gosto de gente que não tem vergonha
De cantarolar e sambar
Gosto de gente que tem cabelo tingido
Porque quer variar
Gosto de gente com olhar apaixonado
Que quer sonhar
Gosto do trabalhador suado
Com sorriso aberto
Pois não cansou de sofrer
Gosto da mulher com corpo de homem
Que não tem vergonha de ser quem é
Gosto de gente que bebe cerveja gelada
E dá risada da vida
Gente que tem coragem de recomeçar
De mudar de ideia
Gosto de homem com pegada forte
Que chega em casa feliz
Porque tem família pra sustentar
Mas que deixa as lágrimas rolarem
Quando as coisas apertam
Gosto dos amigos que fazem careta
Que dançam até o chão
Mas dizem a verdade
Mesmo quando dói
Gosto da mãe que carrega o filho em um braço
E a sacola do supermercado no outro
Gosto do velhinho que conta história
E da vovó que não cansou de viver
Gosto do cantor brega
Do filme açucarado
Do abraço apertado
De gente que roda a baiana
Gente com alma de gente.


                                                                                                                                          Paula Fê 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Apatia

Vírus criado em laboratório espalhou
Ignorância
Individualismo
Superficialidade
Contaminou
Cultura
Informação
Arte
Contra a indignação, entorpecente
Contra o nó na garganta, ilusão
E a cura?


Paula Fê

domingo, 10 de junho de 2012

Segundo motivo da rosa


"Por mais que te celebre, não me escutas,embora em forma e nácar te assemelhesà concha soante, à musical orelhaque grava o mar nas íntimas volutas.

Deponho-te em cristal, defronte a espelhos,sem eco de cisternas ou de grutas...Ausências e cegueiras absolutasoferece às vespas e às abelhas.

E a quem te adora, ò surda e silenciosa,e cega e bela e interminável rosa,que em tempo e aroma e verso te transmutas!

Sem terra nem estrelas brilhas, presaa meu sonho, insensível à belezaque és e não sabes, porque não me escutas..."

Cecília Meireles

terça-feira, 29 de maio de 2012

Alcoólicas

"É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida."



Hilda Hilst

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um final de semana de um mês qualquer

Imaginei fantasmas
Apareceu um anjo
Imaginei tempestade
As estrelas brilharam
Imaginei o caos
Esbarrei na paz
Imaginei confusão mental
Desceu uma lágrima
E tudo ficou claro.


Paula Fernanda Nazareth
2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

Prefiro a estranheza, a incompreensão, o incômodo, o questionamento à mediocridade.


Paula Fernanda Nazareth
2012

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tocando na ferida

"Uma pessoa avulsa é uma pessoa com sua solidão escancarada, é uma pessoa que necessita fazer contatos e explicar quem é, o que faz, do que gosta. Uma pessoa sozinha é visada, está exposta, julgam que ela tem mais tempo, está mais disponível, uma pessoa sozinha não tem onde se esconder. Já duas pessoas juntas escondem-se das fantasias e do julgamento alheio, se escondem da sua própria vulnerabilidade e dos seus próprios segredos, duas pessoas juntas protegem-se oficialmente, mesmo sem ter a consciência de que sua união também é isso, um esconderijo... A solidão, que sempre pareceu nos proteger, na verdade nos coloca no centro das atenções, permite que coloquem o dedo nas nossas feridas. Já o casamento nos tira da prateleira, nos resguarda, nos esconde tão bem e tão sem alarde que a gente nem percebe que está escondido."
Martha Medeiros
Preciso dizer mais alguma coisa???

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Aiii...sensação de estar sempre no final da fila ou dos ingressos esgotarem na minha vez de ser atendida.


Paula Fernanda Nazareth
2012

domingo, 29 de abril de 2012

sábado, 28 de abril de 2012

Sem título

Hoje a coluna curvada
Tem nada não
Amanhã a postura ereta, leve
Uma bailarina
Depois brincar, rodopiar, voar
A busca do equilíbrio
Uma verdadeira trapezista.


Paula Fernanda Nazareth
2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O meu delicioso encontro com a Antropologia

"...cada sistema cultural está sempre em mudança. Entender esta dinâmica é importante para atenuar o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é necessário saber entender as diferenças que ocorrem dentro do mesmo sistema. Este é o único procedimento que prepara o homem para enfrentar serenamente este constante e admirável mundo novo do porvir."
Grande mestre Roque de Barros Laraia.

domingo, 22 de abril de 2012

Despertei

Verão 2012, Rio 50 graus, acordei diferente, um bem-estar me inundou. A rotina era a mesma. A princípio não era para ser um dia especial. Mas, não sei... Levantei de supetão, tomei café sorridente, tomei um banho gostoso e saí de casa feliz. Era isso, feliz. Eu me dei conta de que nunca tinha me sentido tão feliz em toda minha vida.
De repente, me deu vontade de contar pra todo mundo como eu estava me sentindo, sem maiores explicações. Sentei em frente ao computador e digitei, no meu “status”, de uma rede social, algo do tipo: “Cara, estou muito feliz, mesmo sem atender às expectativas da sociedade.” A sociedade não entenderia a razão da minha felicidade. Não acordei em uma mansão, casada com um milionário lindo e dois filhos. Não acordei sem celulites, estrias.
Pelo contrário, estava acostumada com o caos, a confusão afetiva, interna, psicológica. Quem sou eu? O que eu quero? Não gosto do meu trabalho, mas preciso dele. Quero colo. Estou sozinha.
Por que, então, eu acordei tão feliz? Passei o dia pensando nisso e não encontrei resposta. No final da semana, fui pra terapia. Falei para o meu médico: “Anota aí, eu nunca me senti tão feliz.”
Hoje eu sei o que aconteceu. Tive coragem de refazer a minha vida, apesar dos trovões, tempestades, tsunamis. Abandonei a minha antiga profissão, experimentei coisas novas, descobri que tenho talentos que eu desconhecia, ingressei em uma nova faculdade, conheci pessoas interessantes. Finalmente me conheci. Consegui ser eu mesma. Tomei forma, corpo, vida. A minha alma passou a falar. Achei o meu lugar no mundo. Nossa, ufa, que alívio!!! Pensei que esse dia nunca ia acontecer. Sempre tive a sensação de estar deslocada, fora de foco. Agora sei o que quero e não quero, porém posso mudar de ideia. Não tem problema. A vida é dinâmica. Anota aí:
“Mulher solteira, sem filhos, com contas pra pagar, em busca da sua realização profissional, questionadora, indecisa, doida e feliz.”


Paula Fernanda Nazareth
2012


sábado, 31 de março de 2012

Tempo Tempo Tempo

Respiro fundo
Começo
Recomeçando o recomeço
Interrompo o recomeço
Recomeçando
Suspendo o recomeço
E começo
Recomeçando o começando
Não tem fim o começo
Nem o recomeço


Paula Fernanda Nazareth                                                                                                                        
2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

"Semear e colher"

"...Mas do mesmo solo que crescem
os espinhos que te podem ferir
também as belas flores nascem
e o néctar para tua alma nutrir"


Bruno Andante

domingo, 18 de março de 2012

Sem título

Sorriso aberto e choro contido
Peito estufado e o mundo colado nas costas
Pisada forte e labirinto
Interação e solidão


Paula Fernanda Nazareth   

domingo, 11 de março de 2012

"O Artista"

Filme de Michel Hazanavicius, França/Bélgica, 2011, com Jean Dujardin, Berenice Bejo e John Goodman.
Fonte: "O Globo", 10/03/12.

SIMPLESMENTE SENSACIONAL!!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"Não pense que meu coração é de papel
Não brinque com o meu interior
Camarão que dorme a onda leva
Hoje é dia da caça
Amanhã do caçador..."


Zeca Pagodinho, Beto Sem Braço e Arlindo Cruz

domingo, 19 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"Tupy, or not tupy, that is the question" - Oswald de Andrade

Encontra-se no Centro Cultural Banco do Brasil a exposição "Tarsila do Amaral - Percurso Afetivo". Fiquei encantada com as obras da pintora, que ficarão lá até o dia 29/04/12. Alguns quadros representam o Movimento Antropofágico.
O Manifesto Antropófago, de autoria de Oswald de Andrade, criticou o sistema social e a dominação cultural estrangeira.
Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, casal que representa o maior expoente do movimento em questão, não negavam a cultura estrangeira, porém buscavam elementos da cultura brasileira.
Tarsila do Amaral usava cores vivas em seus trabalhos, isto é, as cores do nosso país tropical. Além disso,  a artista em questão teve um olhar sensível voltado para os trabalhadores rurais e para as negras, que eram babás nas fazendas, conforme podemos observar na pintura abaixo, "A Negra".

A Negra

    

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Frieza

"Os teus olhos são frios como as espadas,
E claros como os trágicos punhais,
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.

Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!

Mas não te invejo, Amor, essa indif'rença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!

Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah, quem me dera, Irmã, amar assim!..."



 Florbela Espanca

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Quando os jovens A e B se abraçaram e se beijaram, vi paixão, simplicidade e pureza naquela troca de carícias, como há anos não via. Senti um aperto no peito, pois é isso que eu quero pra mim.


Paula Fernanda Nazareth


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." Clarice Lispector.


Ela é considerada uma escritora introspectiva e psicológica. Clarice Lispector inovou, relativizando os limites entre a poesia e a prova. Tratou de temas humanos e universais, como a falsidade das relações humanas, com maestria. Algumas de suas obras são reflexo do olhar feminino particular da escritora, que nasceu na Ucrânia e chegou no Brasil com dois meses de idade.


Paula Fernanda Nazareth
A arte me curou.

Paula Fernanda Nazareth

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sem título

Menino de camiseta azul-marinho,
quando te vi, neste dia chuvoso,
me lembrei de que
estou viva.
Não tive coragem de me perder
em seus olhos, nem de decifrar
o seu sorriso.
Quem sabe, um dia
ouvirei o som da sua voz
novamente, ganharei um
beijo roubado e serei
somente sua.


Paula Fernanda Nazareth

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Que solidão é essa que me consome?
Que solidão é essa que me asfixia?
Que solidão é essa que me tira os sentidos?
Que solidão é essa que me tortura?
Que solidão é essa que me enlouquece?
Que solidão é essa que me aniquila?
Que solidão é essa que me entorpece?
Que solidão é essa que me atormenta?
Que solidão é essa que me faz prisioneira?


Paula Fernanda Nazareth                                                                             14/01/2009

domingo, 22 de janeiro de 2012

Toca-me

·    "Toca-me como se eu fosse um instrumento
Faz desse toque um acontecimento
E escuta em meu corpo a melodia
Sussurra-me ao ouvido palavras quentes
Que incendeiem de novo as nossas mentes
Tresloucadas de desejo e fantasia

Acorda-me os sentidos do prazer
Deixa-te com a música entontecer
Nos lençóis os acordes deste bailado
Embriaga-te de ousadia e satisfação
Beija-me com o mel dessa paixão
Entre nós fazer amor não é passado

Toca-me em notas altas sem parar
Serei como as cordas da guitarra a vibrar
Abraçada por ti no tanto querer
Faz-me sentir aquela amante
Que o sexo só por si não é bastante
Se o amor não estiver a acontecer."


Paula Martins



T

domingo, 15 de janeiro de 2012

Encontrei a felicidade,
quando me casei com as artes.
Vou usar uma aliança.


Paula Fernanda Nazareth



No final de tudo,
restam as amizades.


Paula Fernanda Nazareth


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sem título

Preciso de um cirurgião
Quero que ele retire a adolescente invisível
Com seu diário
Ela ainda existe dentro de mim.


Paula Fernanda Nazareth

domingo, 8 de janeiro de 2012

Mochilão

20 anos:
Energia
Teatro
Romantismo
Pizza fria
Desejos
Estágios
Ingenuidade
Ressaca
Sedução
Tombo
Alegria
Cicatriz
Viagens
Frustrações
Relacionamentos estranhos
Esperança
Fast food
Teimosia
Pistas de dança
Arrependimentos
Beijos
Risadas
Tatuagem mal feita
Revolta
Dor
30 anos:
Parei por aqui!


Paula Fernanda Nazareth                                                                                        2012