domingo, 24 de julho de 2011

Insensível ou sensível demais?

                Quando assisti a 1ª Temporada de House, MD fiquei louca, fascinada. Senti uma paixão irresistível pela série. Depois disso, passei a engolir os episódios seguintes, sem digerir com calma. Talvez seja uma das minhas personagens favoritas. Uma mistura excêntrica. Um homem sarcástico, genial, mal humorado, cruel, insuportavelmente engraçado e charmoso. Pensei: “Como isso é possível?” Essa personagem é revolucionária.
House, MD mistura comédia, suspense e drama magistralmente. Não é à toa que a série já recebeu vários prêmios, entre eles dois Globos de Ouro.
Gregory House, interpretado pelo ator Hugh Laurie, desde 2004, é um médico infectologista e nefrologista, que se destaca pela capacidade de diagnosticar casos complexos, pelo seu comportamento antissocial, rabugento e cético.
Porém, o que me atraiu tanto em Gregory House? Vamos combinar que a construção da personagem foi fabulosa. Hugh Laurie interpreta de forma visceral. O telespectador fica hipnotizado.
Entretanto, confesso que fiquei hipnotizada com a série devido ao excesso de sensibilidade do protagonista. Foi isso mesmo o que eu escrevi. Dr. House é sensível demais, apesar de vestir a capa de um homem cruel.
House tem atitudes autodestrutivas o tempo todo, porque o seu medo de se envolver em relações afetivas é enorme. Medo de amar e não ser amado. Medo de se magoar, de sair ferido de uma relação. Quando age de forma diferente, o telespectador tem a impressão de que o personagem foi descaracterizado. Os fãs da série se sentem enganados. “Não é o House!”
Ele é egocêntrico? Sim, demais. O mundo gira em torno dele, porque o protagonista da série tem a capacidade de hipnotizar os outros personagens da trama, além do telespectador. A sua genialidade é tamanha que é difícil dizer não para o Dr. House.
Ele tem tanto medo da rejeição que em um dos episódios a personagem vai parar em um hospício. Em outra situação, tudo indica que Gregory House terá grandes problemas com a polícia. Isso tudo porque as suas atitudes são extremas. Alguns telespectadores devem imaginar uma personagem corajosa. Eu enxergo uma personagem medrosa que esconde os seus sentimentos. E, quando estes afloram, é de forma explosiva.
O último episódio da 7ª Temporada é instigante. A melhor demonstração do que foi dito acima. A personagem se sente aliviada ao extravasar um sentimento de forma criminosa.
Logo, House não é insensível. É simplesmente um homem que tem medo de amar. Talvez, por isso House, MD seja uma série que me mobiliza tanto.

Paula Fernanda                                                                                                                 

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