sábado, 3 de dezembro de 2011

“Sex and the city”

           Sempre quis escrever sobre essa série, mas não quero ser vista como uma pessoa pedante por conta disto. Sou fã de “Sex and the city”, porém não me considero uma mulher fútil, competitiva e muito menos “pegadora”. Aliás, sofro de uma sensibilidade que considero patológica.
Quando assisto aos episódios (sou fã mesmo, comprei as temporadas e revi diversas vezes), vejo uma comédia divertida e inteligente. Alguns leitores podem se perguntar: “Inteligente”? Ué, por que não?
A forma como os temas “sexo” e “consumismo” são abordados não deve ser levada tão a sério! Além do mais, o desejo sexual é um fenômeno natural. E, confessa, leitora? Não é uma delícia comprar bolsas e sapatos, principalmente quando trabalhamos de forma árdua? Tá bom, eu sei, não precisa ser bolsa Louis Vuitton ou Prada, nem sapato Manolo Blahnik.    
Aí está a sabedoria dos criadores desse grande sucesso: Esses assuntos são abordados de forma ousada e divertida, contudo os telespectadores mais perspicazes percebem que os temas centrais de “Sex and the city” não são esses.
É uma série que fala de solidão, liberdade, amizade, companheirismo, conflitos e obstáculos femininos, além dos diversos papéis que a mulher moderna tem que desempenhar no mundo atual.
Carrie Bradshaw e suas amigas, em muitos momentos, são superficiais? Sim, contudo acho injusto reduzir as características das personagens a apenas uma ou duas.
São mulheres carismáticas, batalhadoras, inteligentes e bem sucedidas profissionalmente, que optaram pela amizade, e que, através deste sentimento sublime, aprenderam a viver em um mundo cruel, competitivo, preconceituoso.   
Elas são tão ousadas, que assumem a condição de solteira. E, como as solteiras de trinta e poucos anos, sofrem preconceito... São vistas, por muitos, como egoístas, adolescentes rebeldes, exigentes.
As quatro meninas buscam a vida noturna como diversão, sofrem, choram, brigam, trabalham (e muito), vibram, lutam pelos seus objetivos, pra sobrevier. Nem sempre a gente é “aquilo” que gostaria de ser, mas “aquilo” que consegue ser.
Elas formaram uma família, a Família “Sex and the city”.

Paula Fernanda Nazareth                                                                                         2011


        


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